Tuesday, September 05, 2006

PERGUNTA SE A SUA AVÓ GOSTA DE ÍNDIO.

Índio brasileiro é muito folgado. Pode ver.

Todas as vezes que aparecem na TV estão dançando em grandes círculos, fazendo movimentos simplistas de mãos para cima e mãos para baixo.

Uma das grandes provas desta folga é a imensidão lingüística deles. Desceu da rede, andou mais de cinco passos, mudou a língua. Vai ver se nos Andes existe variação. É uma língua nativa e olhe lá. Não entendeu? Vai comprar a speak-up do mês e dormir ouvindo fita cassete.

Por que isso acontecia? Porque lá em cima, mesmo no ar rarefeito, eles andavam, desbravavam, iam atrás. Não esperavam sentadinhos com as pernas cruzadas umas sobre as outras por mantimentos da FUNAI.

A expressão sentar como índio é outra prova. Se eles fossem mais agilizados aprenderíamos a andar como índios, a correr como índios, a fazer polichinelos como índios e não a sentar como eles. Esse jeito estranho de sentar-se leva de 2 a 6 meses para ser ensinado no primário e a proposta principal é a de dificultar ao máximo a libertação das pernas, de forma que perca-se horas, muitas vezes dias para sair da incômoda posição.

Tudo bem que somos abençoados por uma terra onde tudo o que se planta dá, temos água por todos os lados, clima favorável, carnaval, caipirinha, até Deus é brasileiro, mas pera lá. Já que sobrou tanto tempo, porque não aproveitaram para criar coisas incríveis, descobrir curas, colorir nossa mata virgem com giz de cera? Ao invés disso, coreografaram de forma amadora danças de chuva e fogo.

A de fogo, para não ter que andar até a cozinha da oca e aquecer o frango recheado com creme de espinafre. A de chuva, para eliminar a necessidade de mangueira nos famosos concursos cacique camisa molhada. Francamente.

E os cortes de cabelo, quer algo mais acomodado? Cuia na cabeça, tesoura ladeando toda a circunferência e pronto. Pensaram em lançar moda, variar, fazer pezinho arredondado, ou luzes progressivas? Sim, luzes progressivas, as mesmas usadas em bailinhos de quinta série.

Já diria a vó de um amigo meu: “índio brasileiro nunca colocou uma pedra sobre a outra”. Certíssima. No Egito, pirâmides faraônicas, visíveis a mais de trinta quilômetros. Na Indonésia, templos colossais de mármore erguidos da noite para o dia. Até os apaches americanos envolviam-se nesse pegue-e-faça pré-colombiano com seus exuberantes totens. E no Brasil? Palafitas. Olha o nome. Pa-la-fi-ta. Conceitualmente, edificações erguidas sobre as águas. Visualmente, tendas boiando sobre córregos.

Bando de encosto.

Medo de represálias? Imagine. Você acha que eles vão se dar ao trabalho de vestir calça de sarja, pegar uma canoa lotada Xingu-Vila Brasilândia pra chegar de cocar suado na minha residência, e entrar num dilema verbal e gestual com o Mineiro, porteiro há mais de 15 anos?

- Adriano, o seu índio tá aqui em baixo.
- E?
- Tá dizendo que o senhor falou mal da gente dele.
- E?
- Diz que o prédio foi construído sobre cemitério de índio.
- E?
- Ele acabou de sentar.
- Ok, manda subir.

Caso ele decidisse subir, bastaria recebe-lo com o espelho bifocal que uso para fazer a costeleta, uma camisa do Flamengo e um shorts curtinho azul celeste. Pronto. Incidente resolvido.

Aliás, historicamente, todos os incidentes foram resolvidos na base do bate-papo, seguindo farta entrega de brindes como viseiras, artigos infláveis, camisas pólo jeans, etc. Bater boca, para eles, é produzir aquele som insuportável com a vogal “u” em mi menor e maior alternados.

Mim comer. Mim jogar. Mim ser Curumim.

E não é porque você tem uma camisa do Flamengo, senta-se daquele jeito estranho, pinta o corpo, dança pra ver água caindo do céu que não vou mais querer ser seu amigo. Mas se eu encontrar um CD do Sting na sua escrivaninha, ah meu amigo, aí mim virar bicho.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Lendo este texto da pra ver que que escreveu não entende da natureza do Indio. O indio só necessita do que tem, ele não é preguiçoso, quando tem que caçar ele caça, quando tem que pescar pesca. E muito se engana que diz que nas horas vagas o Indio não faz nada. Faziam artezanato da melhor qualidade, descobriam como estrair borracha da seringueira, inventavam um esporte próprio com bola, muito antes dos ingleses descobrirem o Rugbi e mais tarde o futebol. Aprenderam a plantar e a colher. Aprenderam a interpretar os sinais da lua do sol e das estrelas, aprenderam a cuidar de animais em cativeiro. Descobriram varias funções curativas das plantas, e outras alucinógenas usadas em seus rituais.

É meu amigo que é preguiçoso aqui parece que é você, que nem teve a dignidade de estudar um pouco os indios antes de escrever tanta rebeldia sem causa.

12:13 PM  
Blogger Naty said...

Preguiçoso é quem não tem nada pra fazer que gasta o tempo escrevendo um texto imbecil desses. Sinceramente aqui falam mal dos gringos que vem ajudar os índios como o Sting é porque grande parte dos brasileiros queiram ver eles extintos. Obrigada Sting por ter tratado índio como gente.

4:47 PM  
Blogger Naty said...

Preguiçoso é quem não tem nada pra fazer que gasta o tempo escrevendo um texto imbecil desses. Sinceramente aqui falam mal dos gringos que vem ajudar os índios como o Sting é porque grande parte dos brasileiros queiram ver eles extintos. Obrigada Sting por ter tratado índio como gente.

4:48 PM  

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