JÁ ESTOU COM SAUDADE DE ESPIAR.
Ame ou odeie. Assista ou renegue. Admita ou não. O BBB é assunto nas mais variadas rodinhas por aí, inclusive nas de gente bem esclarecidinha com ativos em “papéis”.
- Eu me recuso a assistir.
- É, mas bem que você se inscreveu para a primeira edição né, Eike?
- Pô, valia quinhentão.
Lembro como se fosse hoje das chamadas promocionais do programa de estréia. A novidade, a fama e a chance de ficar milionário também me fizeram preencher um cadastro no site do programa. Pior do que ser um ex-BBB é ser um postulante a ex-BBB.
Dez anos de programa. Dez versões. Inúmeros participantes. Sempre o mesmo laboratório de ratinhos viciante.
Pra quem não lembra, Caetano Zonaro foi o primeiro eliminado e, pouco antes de dar adeus ao prêmio, deixou uma mensagem ridícula de paz mundial para os outros participantes. Nascia a vergonha alheia.
Vergonha essa que tornou-se o combustível de tanto sucesso e audiência para o reality. Brigas, beijos, dancinhas. Declarações absurdas, roupas extravagantes, poesia da eliminação...
- Deus criou o homem. O homem criou Nero. E Nero criou, a dança da manivela... E é por isso que com 57% dos votos quem sai é...
Pedro Bial, com maestria, soube assumir o posto principal, substituindo Marisa Orth que não agüentou o rojão. Além de xavecar as participantes, aproveita o fato de a emissora não proibir o Prozac com Old Eight nos intervalos.
“Salve, meus heróis”. “A nave louca do BBB”. “Você não perde por espiar”.
Que heróis? Que nave? Trocadilho não, Pedroca.
A receita do sucesso do BBB, em um país predominantemente católico, só pode ser um: o confessionário. Através dele, “pecadores” instantâneos revezaram-se tentando justificar o injustificável.
Com o passar dos anos os jogadores aprenderam a se comportar no confessionário, com discursos prontos, típicos dos boleiros em mesa redonda.
- Eu voto na Dorinha por questão de afinidade e, se Deus quiser, sair daqui com o resultado positivo.
Abaixo, alguns exemplos de como o programa podia ser ainda mais divertido:
- Eu voto no Abreu porque ele tosse e espirra fedido.
- Voto na Soraia porque ela tem aquele bagulhinho nojento na barriga e queixo duplo.
- Fala Bial, eu voto no Venâncio porque ele parece o Sullivan, dupla do Massadas, e isso me incomoda demais.
As provas pela liderança são um caso a parte. Podem ser das mais cascudas, envolvendo grandes esforços físicos e resistência, ou simplesmente, cuspidas por algum roteirista de má vontade:
- Meus heróis, pensem em um número.
- Pensei e agora.
- Pelas regras da prova, o primeiro participante que falasse a palavra “agora” seria o novo líder. Parabéns, Feijão!
Aliás, lideranças são fundamentais num programa como esse. Um reality com prêmios milionários. Um jogo declarado.
- Cara, isso aqui é um jogo.
- Sério? Pô, minha família disse que era parte do meu tratamento de desintoxicação.
E como todo bom jogo, uma hora acaba (menos Banco Imobiliário que não tem fim). Não vejo a hora de começar o próximo BBB e poder voltar a espiar. Enquanto isso, fico aqui lembrando da mensagem de paz propagada pelo Caetano. Lastimável.
- Eu me recuso a assistir.
- É, mas bem que você se inscreveu para a primeira edição né, Eike?
- Pô, valia quinhentão.
Lembro como se fosse hoje das chamadas promocionais do programa de estréia. A novidade, a fama e a chance de ficar milionário também me fizeram preencher um cadastro no site do programa. Pior do que ser um ex-BBB é ser um postulante a ex-BBB.
Dez anos de programa. Dez versões. Inúmeros participantes. Sempre o mesmo laboratório de ratinhos viciante.
Pra quem não lembra, Caetano Zonaro foi o primeiro eliminado e, pouco antes de dar adeus ao prêmio, deixou uma mensagem ridícula de paz mundial para os outros participantes. Nascia a vergonha alheia.
Vergonha essa que tornou-se o combustível de tanto sucesso e audiência para o reality. Brigas, beijos, dancinhas. Declarações absurdas, roupas extravagantes, poesia da eliminação...
- Deus criou o homem. O homem criou Nero. E Nero criou, a dança da manivela... E é por isso que com 57% dos votos quem sai é...
Pedro Bial, com maestria, soube assumir o posto principal, substituindo Marisa Orth que não agüentou o rojão. Além de xavecar as participantes, aproveita o fato de a emissora não proibir o Prozac com Old Eight nos intervalos.
“Salve, meus heróis”. “A nave louca do BBB”. “Você não perde por espiar”.
Que heróis? Que nave? Trocadilho não, Pedroca.
A receita do sucesso do BBB, em um país predominantemente católico, só pode ser um: o confessionário. Através dele, “pecadores” instantâneos revezaram-se tentando justificar o injustificável.
Com o passar dos anos os jogadores aprenderam a se comportar no confessionário, com discursos prontos, típicos dos boleiros em mesa redonda.
- Eu voto na Dorinha por questão de afinidade e, se Deus quiser, sair daqui com o resultado positivo.
Abaixo, alguns exemplos de como o programa podia ser ainda mais divertido:
- Eu voto no Abreu porque ele tosse e espirra fedido.
- Voto na Soraia porque ela tem aquele bagulhinho nojento na barriga e queixo duplo.
- Fala Bial, eu voto no Venâncio porque ele parece o Sullivan, dupla do Massadas, e isso me incomoda demais.
As provas pela liderança são um caso a parte. Podem ser das mais cascudas, envolvendo grandes esforços físicos e resistência, ou simplesmente, cuspidas por algum roteirista de má vontade:
- Meus heróis, pensem em um número.
- Pensei e agora.
- Pelas regras da prova, o primeiro participante que falasse a palavra “agora” seria o novo líder. Parabéns, Feijão!
Aliás, lideranças são fundamentais num programa como esse. Um reality com prêmios milionários. Um jogo declarado.
- Cara, isso aqui é um jogo.
- Sério? Pô, minha família disse que era parte do meu tratamento de desintoxicação.
E como todo bom jogo, uma hora acaba (menos Banco Imobiliário que não tem fim). Não vejo a hora de começar o próximo BBB e poder voltar a espiar. Enquanto isso, fico aqui lembrando da mensagem de paz propagada pelo Caetano. Lastimável.