O SER HUMANO MAIS RÁPIDO DO PLANETA.
Em ano de
Olimpíadas, já que não rola índice nem pra disputar “duro ou mole americano”, o
que me resta é escrever. Difícil é escolher o tema.
Que me desculpem os adeptos e fãs do badminton, do florete e do tiro com carabina, se é que existem, mas a minha preferência é e sempre vai ser os cem metros rasos.
- Até porque se fossem fundos eles se afogavam, não é?
- Meu, você não cansa disso?
Como não admirar a modalidade que revela o ser humano mais rápido do mundo? Aquele que, diferente de eu e você, insetos retardatários, terá sempre amplo favoritismo em caso de tsunami, arrastão e qualquer manchete do tipo “corram por suas vidas”.
Que me desculpem os adeptos e fãs do badminton, do florete e do tiro com carabina, se é que existem, mas a minha preferência é e sempre vai ser os cem metros rasos.
- Até porque se fossem fundos eles se afogavam, não é?
- Meu, você não cansa disso?
Como não admirar a modalidade que revela o ser humano mais rápido do mundo? Aquele que, diferente de eu e você, insetos retardatários, terá sempre amplo favoritismo em caso de tsunami, arrastão e qualquer manchete do tipo “corram por suas vidas”.
Pra mim, cem
metros rasos é sinônimo de momento histórico do esporte, daqueles que não saem
tão fácil da memória.
Como esquecer, por exemplo, da retirada do ouro e do recorde de Ben Johnson, o homem que escreveu nos papiros do esporte (em 88 não tinha Wikipedia) o termo “esteroides anabolizantes”.
O doping do velocista de olhos amarelados, à lá Rincón, está entre as 3 lembranças mais fortes da minha vida, junto do presunto de PC Farias no Jornal Nacional e Augusto Liberato em chamas em um fatídico “Sonho Maluco” (aqui para quem não se lembra: http://www.youtube.com/watch?v=0VxmA18GGh4).
- Manhê, a Carolzinha tá ficando com a voz grossa.
- Melhor do que você que é menino e já tem seios. Traz logo a seringa.
Em menos de 10 segundos o sujeito ouve um tiro, larga, dá quarenta e poucas passadas, fatura o ouro, bate o recorde, põe o nome na história e você ainda não terminou este parágrafo. Pode cronometrar.
Para quem assiste, a diversão começa com a apresentação dos velocistas, filmados, um a um, a uma distância constrangedora dos seus collants e de seus “ pacotes” olímpicos.
Uns fazem cara de mau, outros se apontam no melhor estilo “eu sou o cara”, japoneses, coreanos e asiáticos em geral apenas prendem a respiração enquanto resolvem equações do terceiro grau. Não é difícil imaginar o Neymar fazendo suas coreografias e terminando em último.
- É, hoje não deu. A gente estava focado, fez o que o professor pediu, mas, infelizmente, não deu pra sair com o resultado positivo. Agora é levantar a cabeça porque 2016 tá aí.
- Tá sim. Toma vergonha nessa cara, moleque.
Chega o tenso momento da largada. Um silêncio pesado, denso, opressor, rompido por um disparo seco e potente, uma espoleta enriquecida com esteroides anabolizantes. Páááh!
- Diz que o Bolt começou a correr depois de atirar no xerife.
- Cala a boca, Dirceu.
Como esquecer, por exemplo, da retirada do ouro e do recorde de Ben Johnson, o homem que escreveu nos papiros do esporte (em 88 não tinha Wikipedia) o termo “esteroides anabolizantes”.
O doping do velocista de olhos amarelados, à lá Rincón, está entre as 3 lembranças mais fortes da minha vida, junto do presunto de PC Farias no Jornal Nacional e Augusto Liberato em chamas em um fatídico “Sonho Maluco” (aqui para quem não se lembra: http://www.youtube.com/watch?v=0VxmA18GGh4).
- Manhê, a Carolzinha tá ficando com a voz grossa.
- Melhor do que você que é menino e já tem seios. Traz logo a seringa.
Em menos de 10 segundos o sujeito ouve um tiro, larga, dá quarenta e poucas passadas, fatura o ouro, bate o recorde, põe o nome na história e você ainda não terminou este parágrafo. Pode cronometrar.
Para quem assiste, a diversão começa com a apresentação dos velocistas, filmados, um a um, a uma distância constrangedora dos seus collants e de seus “ pacotes” olímpicos.
Uns fazem cara de mau, outros se apontam no melhor estilo “eu sou o cara”, japoneses, coreanos e asiáticos em geral apenas prendem a respiração enquanto resolvem equações do terceiro grau. Não é difícil imaginar o Neymar fazendo suas coreografias e terminando em último.
- É, hoje não deu. A gente estava focado, fez o que o professor pediu, mas, infelizmente, não deu pra sair com o resultado positivo. Agora é levantar a cabeça porque 2016 tá aí.
- Tá sim. Toma vergonha nessa cara, moleque.
Chega o tenso momento da largada. Um silêncio pesado, denso, opressor, rompido por um disparo seco e potente, uma espoleta enriquecida com esteroides anabolizantes. Páááh!
- Diz que o Bolt começou a correr depois de atirar no xerife.
- Cala a boca, Dirceu.
Hoje, Usain Bolt
é o cara. Bicampeão olímpico, recordista mundial e uma vasta coleção de marcas
inatingíveis. Carreira irretocável, não fosse o fardo de saber que um antigo
adversário de pega-pega passa por pesados tratamentos à base de psicotrópicos
desde os 5 anos em Kingston.
Aliás, acho também curioso o país caribenho mundialmente famoso pelo reggae e pelo relativamente uso massivo do cigarro de artista produzir os atletas mais rápidos do mundo.
- É tipo um doping natural, véi.
- Só.
Nove segundos e sessenta e quatro centésimos! Fico imagino o que sentem os participantes da marcha atlética, levando extenuantes 4726 segundos a mais para cruzar a linha de chegada e saber se levam medalha ou voltam para casa com a sensação de terem rebolado em vão.
Que venham os Jogos de 2016 no Rio e o festival de piadas envolvendo o tiro da largada e o termo “pega ladrão”. Quem vai ser o primeiro?